quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vida na Rede

A grande maioria das criaturas de quem tenho conhecimento não vive sem redes sociais. Não apenas no aspecto de acessar diariamente os sites de relacionamento, mas transferindo o que acontece no ambiente online para o real. Construção e destruição de relações acontecem dessa nova forma, que vai além do concreto e do presencial e surge através de uma tela.

Por já ter feito parte desse grupo, entendo que tem lá seu "encanto". A princípio, o que poderia ser melhor do que poder manter contato com seus amigos e criar novos vínculos de forma instantânea e gratuita?

Com certeza, atrai.

O problema é que em determinado momento foi trocado o papel dessas redes e elas passaram a ser uma extensão da vida social. Uma foto, um comentário, ou quaisquer informações fornecidas através desse meio têm um poder tão efetivo entre as pessoas quanto algo feito ou dito fisicamente. Além disso, se você atualiza sua página com frequência, faz de sua vida uma novela, e de seus contatos um público que a acompanha religiosamente.

De repente, você se encontra sendo questionado a respeito de algo que postou, de um recado que não respondeu, de ter ficado vários dias sem twittar. Até ao candidatar-se a uma vaga de emprego, a vida particular pode ser explorada pela empresa sem o seu consentimento. É uma invasão de privacidade à qual nos dispomos inocentemente.

A solução é rever o quanto essa exposição é necessária. Se todo esse entrosamento realmente faz bem. E se não invertemos a ordem dos fatores: vida para publicação ao invés de publicação da vida. Tendo isso esclarecido, não há porque temer os cliques.

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