terça-feira, 3 de maio de 2011

Faces da beleza

A beleza está por todos os lados. O que é bonito encanta, agrada, vende. Ser belo já é profissão almejada por muitos e, deixando de lado a discussão a respeito do mérito do ofício, necessária para o fluxo comercial. Ainda assim, mantenho o leque aberto sobre o que considero ser lindo – porque nem só de capas de revistas vivemos nós, meros mortais.

Natalie Portman, Audrey Hepburn, Anne Hathaway, Gisele Büdchen, Penélope Cruz, Alinne Moraes, Angelina Jolie, Jennifer Aniston, Cameron Diaz; mulheres as quais defino como a beleza materializada na Terra. Isso sem citar os deuses James Dean, James Franco, Brad Pitt, Gerard Butler, John Mayer, Ashton Kutcher, Kurt Cobain, Ethan Peck, Ricardo Pereira, Jude Law e... Do que eu estava falando mesmo? Ah, sim. Acho essas pessoas indubitavelmente lindas, sem tirar nem pôr – e não venha me falar de maquiagem ou super produção. São maravilhosos e ponto final.

Entretanto, não deixo de achar lindas as pessoas que vejo nos parques, cafés ou na fila da padaria, cujas contas bancárias não são hollywoodianas e que não recorreriam a uma equipe de produção nem para ir à noite de gala do MET. Vejo em muitas delas a forma mais genuína da beleza e que pode ser encontrada das favelas aos bairros nobres: a espontaneidade.

O jeito de andar, de olhar, de falar, o sorriso, a risada e até mesmo os defeitos de qualquer pessoa ficam mais bonitos quando são naturais, porque são verdadeiros e, principalmente, únicos. Por mais hipnotizante que seja uma pose, não há quem me convença de que ela seja mais encantadora do que captar um momento de distração ou qualquer espetáculo humano que não espera ter público. Vestidos justos, decotes e saltos intermináveis, quando usados na medida certa, podem ser sinônimos de sensualidade, mas irresistível mesmo é o clássico jeans e camiseta e toda a graça que o conforto exala. Bonito mesmo é quem faz o que gosta apenas por prazer, nunca com o intuito de compor uma imagem.



É normal assistir aos astros e estrelas na tela imensa do cinema e achá-los incríveis. São mesmo. Todavia, roupas de grife, photoshop e maquiagem matificante encantam no âmbito mais superficial; agradam aos olhos, mas a validade não tarda a expirar. A beleza legítima atravessa o campo de visão, invade o corpo e agita a alma, sem precisar de retoques. Ver de perto toda essa harmonia não requer muito – muitas vezes, basta olhar para o lado.

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